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Em 09.10.2014 NBNews

Economia dá voltas e juros caem: o que ganha e perde o imobiliário

Descobre neste artigo o que está na origem da descida dos juros do BCE e o impacto no investimento e na habitação em Portugal.

Fonte: Idealista | Vanessa Souza/Tânia Ferreira | 09.10.2024 | Foto: Freepik

O ciclo económico na Europa está a mudar. A inflação está a desacelerar a bom ritmo e os salários a aumentar, mas a economia está fraca, a precisar de estímulo e músculo. Todos estes fatores estão por detrás das mais recentes descidas dos juros do Banco Central Europeu (BCE), e continuam a fazer pressão para que haja um novo corte das taxas na reunião da próxima quinta-feira, dia 17 de outubro. Este alívio da política monetária já está, aliás, a ter impacto direto nos bolsos das famílias em Portugal, aumentando o poder de compra e a capacidade de poupança, bem como reduzindo o custo nos créditos habitação. E também tem efeitos no investimento imobiliário. Neste artigo preparado pelo idealista/news, explicamos com a ajuda de especialistas o que está na origem da descida dos juros do BCE e qual o seu impacto na habitação e no mercado.

O que motiva a descida dos juros do BCE?

Qualquer decisão de política monetária tem impacto na vida das famílias, das empresas e investidores, e é por isso mesmo que o BCE liderado por Christine Lagarde tem em conta vários indicadores económicos, desde a inflação à evolução do PIB na área da moeda única. Foi, aliás, com base na análise dos dados e projeções mais recentes, que depois dos vários movimentos de subida o regulador da zona euro resolveu baixar as suas taxas de juros diretoras já por duas vezes, uma na reunião de junho e outra na de setembro, deixando-as abaixo dos 4%.

Na próxima semana, o BCE volta a ser chamado para decidir o rumo que vai dar à política monetária. E para se entender o que está em causa, estes são os principais indicadores que o guardião do euro vai ter em conta antes fixar (ou não) um novo corte de juros, na reunião agendada para a quinta-feira, dia 17 de outubro:

  • Inflação na zona euro: deverá descer dos 2,2% em agosto para 1,8% em setembro de 2024, o valor mais baixo desde o início de 2021, segundo estima o Eurostat. Esta descida foi sustentada pela queda dos preços da energia (-6% em termos homólogos). Por outro lado, os preços dos serviços são os que mais têm sustentado a inflação (+4% em setembro);
  • Inflação subjacente na zona euro (que exclui energia e alimentos não processados): esta taxa abrandou em setembro para 2,7%, quer comparando com os 2,8% de agosto quer com os 5,5% homólogos. Embora este indicador ainda se mantenha acima do objetivo do BCE (de 2%), “a tendência desinflacionista é inegável e dará cobertura a uma maior flexibilização monetária”, explicam os analistas da Ebury Portugal ao idealista/news;
  • Mercado de trabalho: a taxa de desemprego da área euro foi de 6,4% em agosto, estando estável face ao mês anterior e abaixo da verificada há um ano (6,6%), refere o Eurostat. Assim, o mercado de trabalho europeu permanece resiliente. Já “os salários continuam a aumentar a um ritmo elevado” tendo impacto em alta na inflação, disse o BCE nas notas da sua última reunião realizada em setembro;
  • Crescimento económico: a economia europeia apresentou‑se “mais fraca” do que o esperado pelo BCE, com um crescimento tímido do PIB de apenas 0,2% no segundo trimestre de 2024. “A situação na indústria e na construção não é boa, as pessoas estão a gastar menos e as empresas a cortar investimentos”, detalhou na última reunião. “O índice global de atividade empresarial PMI de setembro, que constituem o indicador económico mais fiável da zona euro, (…) já se encontra em níveis consistentes com uma contração económica a nível agregado na zona euro”, alertam desde a Ebury. Ainda assim, o regulador europeu estima que a economia deverá recuperar de forma gradual, de 0,8% em 2024 para 1,3% em 2025.  “A subida dos salários e a descida da inflação significam que, no futuro, as pessoas poderão comprar mais”, admitem desde o regulador europeu. E, com a descida dos juros, também poderá haver mais investimento;
  • Contexto geopolítico: o BCE também continua de olhos postos nos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e do conflito do Médio Oriente, uma vez que “são importantes fontes de risco geopolítico” para uma subida da inflação, podendo criar perturbações no comércio mundial e fazer subir os preços dos produtos energéticos. “Além disso, fenómenos meteorológicos extremos e a atual crise climática, mais em geral, podem elevar os preços dos produtos alimentares”, apontam ainda;
  • Decisões da Reserva Federal dos EUA (Fed): embora seja uma entidade independente, o BCE continua bem atento às decisões da Fed, que decidiu cortar os juros em 50 pontos base em setembro, a primeira vez em quatro anos. Isto porque as decisões da Fed acabam por se refletir nas taxas de câmbio do euro face ao dólar, mexendo com os negócios internacionais. E ainda acaba por ter impacto nas taxas Euribor, como explicamos neste artigo.

BCE pressionado a descer os juros em outubro

Os últimos dados económicos mostram, assim, que a inflação na zona euro está abaixo do objetivo de 2% do BCE, ao mesmo tempo que a economia europeia está mais vulnerável. É por tudo isto que há cada vez mais analistas de mercado, e até membros do regulador europeu, a defender um alívio da política monetária mais rápido e a antecipar um novo corte dos juros diretores no próximo encontro.

"Uma política monetária que permaneça restritiva durante demasiado tempo corre o risco de fazer com que a inflação fique abaixo do seu objetivo", que é de 2% no médio prazo, frisou Mário Centeno, governador do Banco de Portugal (BdP) na semana passada. Na sua visão, “o estado atual da economia da área do euro, juntamente com as condições prevalecentes em termos de preços e do mercado de trabalho exigem uma resposta do BCE: uma redução nas taxas de juro", sublinhou ainda, apelando a uma “previsibilidade maior da política monetária”.

É pelos mesmos motivos que o governador do Banco de França, François Villeroy de Galhau, admite que uma nova descida dos juros do BCE em outubro “é muito provável”. “O equilíbrio de risco está a mudar. Nos últimos dois anos, corremos o risco de ultrapassar a nossa meta dos 2%. Agora, temos de estar atentos ao risco oposto, para não perdermos o nosso objetivo perante um crescimento fraco e uma política monetária demasiado restritiva durante demasiado tempo”, disse.

O atual contexto económico, por si só, já está a pressionar o BCE a reduzir novamente as taxas na reunião de outubro, uma hipótese que é dada “quase como certa” pelos mercados, referem os analistas da Ebury Portugal. “Parece viável que a fragilidade da economia europeia, e em particular do setor industrial alemão, indique que os cortes nas taxas serão mais agressivos do que pensávamos há algumas semanas e a queda acentuada da Euribor reflete isso mesmo”, apontam.

Além disso, “a escalada da tensão no Médio Oriente apenas aumentou a pressão sobre o BCE para flexibilizar a política e conceder apoio monetário à economia”, embora a redução dos juros “pouco ajude a economia europeia face a um novo aumento dos preços da energia”, argumentam ainda desde a Ebury.

A própria Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) já deixou uma recomendação global de que “há espaço para reduzir as taxas de juro”, embora a política monetária deva continuar “prudente”. "Nos EUA e na área do euro projeta-se que as taxas de juro diretoras diminuam mais 1,5 e 1,25 pontos percentuais, respetivamente, até ao final de 2025, aproximando-as de níveis neutros", sinalizou a instituição internacional no final de setembro.

Foto de Tima Miroshnichenko no Pexels

Como a descida dos juros impacta a habitação e o imobiliário?

As descidas das taxas de juro diretoras do BCE – as já realizadas e as que se aguardam num futuro próximo – , além dos efeitos macroeconómicos e no sistema financeiro, mexem sempre com a carteira das famílias, empresas e investidores. “As taxas de juro mais baixas tendem a ter um impacto positivo no mercado imobiliário”, resume Hugo Santos Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), em declarações ao idealista/news.

Este “impacto positivo” na habitação e imobiliário acaba por ser bem visível por duas vias: por um lado, há maior procura de casa por famílias devido ao crédito habitação mais barato, e por outro, a criação de oferta habitacional pode sair favorecida, porque o financiamento bancário fica mais acessível aos investidores e promotores imobiliários.

  • Mais procura de casas com crédito habitação mais barato

As recentes descidas dos juros do BCE já estão a ser refletidas nos novos créditos habitação em Portugal. Isto porque a Euribor já está a descer há vários meses e os bancos têm oferecido empréstimos a taxas mistas mais acessíveis, que representam atualmente a maioria dos empréstimos para compra de casa própria. Tanto assim é que a taxa de juro média nos novos créditos habitação fixou-se em 3,43% no mês de agosto, o nível mais baixo desde o início de 2023, segundo os dados mais recentes do BdP.

“Reduzir os custos associados ao crédito habitação, torna a compra de imóveis mais acessível para as famílias. Este fenómeno pode impulsionar a procura por imóveis, especialmente por parte de jovens e famílias que, até agora, se viam afastadas da possibilidade de adquirir uma habitação própria devido ao aumento dos encargos com empréstimos e que, por isso, neste período foram arrastados para o mercado de arrendamento”, completa o porta-voz dos investidores e promotores imobiliários.

O mesmo diz Miguel Cabrita, responsável pelo idealista/créditohabitação em Portugal: “A descida das taxas de juro recoloca várias famílias na possibilidade de acesso a crédito habitação e consequentemente aquisição de imóvel, pelo que gera mais pressão do lado da procura no mercado imobiliário”. Mas este especialista no mercado hipotecário alerta que “é importante ter atenção ao risco de endividamento excessivo e à adequação da procura face às necessidades de cada família, dado que outros choques podem ocorrer, sendo recomendável uma gestão responsável do orçamento familiar”.

Portanto, para quem quer comprar casa com recurso a crédito habitação, “uma descida das taxas de juro pode significar, momentaneamente, um aumento do poder de compra na habitação. Ora, se a prestação se torna mais baixa, por via de uma taxa também ela mais baixa, torna-se possível recorrer a mais crédito com o mesmo desembolso mensal, logo, consegue-se pagar mais por uma casa”, explica ao idealista/news Gonçalo Nascimento Rodrigues, coordenador da pós-graduação em investimentos imobiliários do Iscte Executive Education.

O que os dados mais recentes do BdP também nos dizem é que houve um aumento do montante concedido em novos empréstimos habitação em agosto para 1.545 milhões de euros, sendo este “o valor mais elevado desde março de 2022”. Trata-se de um aumento em 20% face ao mês anterior e de 47% face a agosto de 2023.

Esta descida dos juros também é uma boa notícia para quem já está a pagar um crédito da casa. “Naturalmente que uma descida das taxas de juro tornará esse crédito menos dispendioso, libertando rendimentos para outro tipo de funções, seja de consumo, seja de poupança ou investimento”, refere Gonçalo Nascimento Rodrigues. E dá um exemplo: quem já esteja a pagar um crédito habitação de 200 mil euros para um prazo de 30 anos, “cada ponto percentual de quebra dos juros representa uma poupança mensal entre 100 a 120 euros”.

Sobre o futuro, o que se tem sentido no mercado é que “a Euribor continua a cair acentuadamente, à medida que os mercados esperam novos cortes do BCE”, referem desde a Ebury Portugal. E a presidente do BCE veio a público dizer que acredita que as taxas Euribor continuem a baixar mediante reduções nas taxas de juro do BCE. “Esperamos ver uma folga […], não parando uma descida das taxas hipotecárias [Euribor] à medida que as taxas de juro continuam a descer ao longo dos próximos meses”, declarou Christine Lagarde, embora não se comprometa com uma trajetória específica dos juros do BCE.

  • Maior capacidade de financiamento das empresas imobiliárias

Esta descida dos juros do BCE reflete-se, por outro lado, nas empresas na fileira do imobiliário e da construção, uma vez que vão conseguir aceder a financiamentos bancários mais acessíveis. E não só.

Na visão do presidente da APPII, a recente descida das taxas de juro “deve ser interpretada como uma resposta natural à estabilização económica e aos esforços para conter a inflação, tornando o crédito mais acessível e favorecendo o investimento”. Portanto, “a descida dos juros incentiva também os investidores a procurar alternativas de aplicação do seu capital, sendo o setor imobiliário uma das opções mais seguras e atrativas”, aponta Hugo Santos Ferreira.

Assim, a redução dos juros do BCE acaba por ser uma forma de estimular a economia e o mercado de trabalho. “Esse maior dinamismo pode ser obtido por via de menores custos de financiamento às empresas, procurando que estas tenham maior capacidade de investimento e, logo, maior necessidade de contratação, além de uma maior disponibilidade para pagamento de salários superiores”, acrescenta Gonçalo Nascimento Rodrigues.

Ao nível do investimento estrangeiro em Portugal também pode haver impacto, sobretudo, se a política monetária da Fed não andar alinhada com a do BCE. A robustez demonstrada pelo mercado laboral dos EUA em setembro veio arrefecer a pressão da Fed, liderada por Jerome Powell, em descer os seus juros de referência na próxima reunião, depois de ter iniciado o primeiro corte em 50 pontos base em setembro. Portanto, se o BCE descer os juros a um ritmo mais rápido que a Fed, o euro irá desvalorizar face ao dólar, o que significa que os investidores norte-americanos terão maior poder de compra de imóveis no espaço europeu, Portugal inclusive.

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Subida dos preços das casas: a consequência do atual contexto económico

As recentes descidas dos juros dos créditos habitação e o maior poder de compra já se tem refletido no mercado residencial português, que está a ganhar outro dinamismo. Entre abril e junho de 2024, foram vendidas 37.125 habitações em Portugal, mais 10,4% face há um ano. E este foi mesmo o primeiro aumento do número de casas vendidas depois de dois anos de quedas, revelaram os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE). Mas a retoma da venda de casas acabou mesmo por acelerar o aumento dos preços das casas no nosso país, tendo subido 7,8% neste período.

Este terá sido apenas o início de mais um ciclo de subidas dos preços das casas em Portugal a grande velocidade, antecipam os especialistas ouvidos pelo idealista/news. Esta pressão em alta sobre o custo da habitação deve-se a um conjunto de fatores, como:

  • Taxas de juro em queda que tornam os créditos habitação mais acessíveis;
  • Isenção de IMT e Imposto de Selo na compra de habitação própria e permanente por parte de jovens com menos de 35 anos;
  • Garantia pública na compra de habitação própria e permanente, para jovens com menos de 35 anos, possibilitando na prática um financiamento a 100%;
  • Economia a crescer;
  • Inflação a mostrar sinais de estabilização em baixa;
  • Poder real de compra a subir;
  • Situação de pleno emprego.

“Todos estes pontos acabam por atuar do lado da procura de casa, tornando o mercado ainda mais desequilibrado e colocando maior pressão em alta nos preços de venda”, destaca o economista Gonçalo Nascimento Rodrigues, alertando ainda que “sem uma atuação do lado da oferta que seja clara, forte, constante e previsível no tempo, dificilmente a habitação se tornará mais acessível à generalidade dos portugueses”.

Este aviso também é dado por Hugo Santo Ferreira: “O mercado imobiliário está a atravessar uma fase de ajustamento, e, apesar de o financiamento mais barato ser um catalisador de oportunidades, a escassez de oferta continua a ser um desafio que precisamos de enfrentar de forma estratégica. A oferta insuficiente, sobretudo no segmento da habitação acessível, vai certamente criar pressões adicionais nos preços, pelo que a tendência de subida dos preços vai-se manter”, indica.

Portanto, este novo ciclo económico acaba por ter duas caras. “Para as famílias, esta conjuntura traz, por um lado, oportunidades de crédito mais acessível e, por outro, o desafio de encontrar imóveis disponíveis que respondam às suas necessidades. É, por isso, fundamental continuar a trabalhar em medidas que equilibrem a oferta e a procura, assim como promover políticas públicas que favoreçam a construção de habitação, garantindo que o mercado imobiliário português se mantém sustentável e acessível a todos”, conclui o presidente da APPII.

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Em 01.10.2014 NBNews

Garantia pública: banca tem 30 dias para aderir e 60 para implementar

Mas bancos dizem precisar de 90 dias para implementar as regras da garantia pública. Montante máximo da medida não é conhecido.

ânia Ferreira

9 Outubro 2024, 8:13

Fonte: Idealista redação | 27.09.2024 (atualizada em 30.09.2024) | Foto: Freepik

Já foi publicada em Diário da República a tão aguardada portaria que vem regular a garantia pública no crédito habitação destinado a jovens até aos 35 anos. Agora, já se sabe que os bancos têm 30 dias para formalizar a adesão à garantia pública. Mas, ao que tudo indica, os jovens só vão poder contar com as ajudas do Estado na compra de casa com financiamento só no final do ano ou no início do próximo, porque os bancos vão ter ainda mais 60 dias para implementar esta medida.

Já são conhecidos mais detalhes sobre como vai funcionar a garantia pública do crédito habitação para jovens entre os 18 e 35 anos, que queiram comprar casa com financiamento a 100%. Todos os pormenores constam na Portaria n.º 236-A/2024/1, publicada esta sexta-feira em Diário da República (dia 27 de setembro), que coloca, desde logo, um prazo bem definido para os bancos aderirem a esta medida.

Em concreto, as instituições de crédito têm de aderir ao protocolo da garantia pública estabelecido pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) no prazo de 30 dias, que contam a partir da entrada em vigor do diploma (sábado, dia 28 de setembro).

“Os contratos de crédito garantidos pelo Estado devem ser celebrados entre os mutuários e a instituição após a data da adesão ao protocolo e da assinatura da garantia”, lê-se ainda no documento. Ou seja, só depois de os bancos formalizarem o protocolo com a DGTF é que podem conceder créditos habitação com garantia pública de até 15% do valor da casa às famílias jovens.

Mas as famílias deverão ter de esperar ainda mais para ter acesso à garantia pública, podendo só ficar disponível no final do ano ou início de 2025. Isto porque, segundo o mesmo diploma, as instituições bancárias vão ter um prazo de 60 dias, após a adesão ao programa, para implementar os procedimentos do protocolo da garantia, indo ao encontro do pedido dos bancos.

Embora esta medida seja voluntária, espera-se que as maiores instituições bancárias do país adiram à garantia pública. Mas têm de ter tempo para colocar a ajuda à compra de casa em funcionamento, primeiro aderindo ao protocolo da DGTF e, depois, preparando a sua implementação internamente. A boa notícia é que quem quiser beneficiar da garantia pública tem até ao final de 2026 para aderir. E o Governo admite ainda prorrogar este prazo, após avaliar o impacto da medida.

"A garantia pode ser acionada pelas instituições ocorrendo a mora no pagamento de uma ou mais prestações vencidas ou em caso de resolução do contrato ou de declaração de perda, pelos mutuários, do benefício do prazo, com o consequente vencimento antecipado da totalidade da dívida", refere a portaria. E, portanto, "sempre que a garantia for validamente acionada, o Estado, na qualidade de garante, fica obrigado a entregar à instituição o montante correspondente à percentagem garantida do capital então em dívida", tendo o pagamento da execução da garantia um prazo máximo de 30 dias a contar da data da comunicação.

A implementação desta medida pela banca vai estar sob escrutínio. Por um lado, a Inspeção-Geral de Finanças vai ficar responsável por fiscalizar a execução do programa e realizar auditorias anuais. E, por outro lado, Banco de Portugal fica responsável por "supervisionar o cumprimento dos deveres de conduta das instituições decorrentes da (...) portaria e pode proceder à sua regulamentação, nomeadamente em matéria de deveres de informação aos mutuários", esclarece o documento.

Foto: de fauxels no Pexels

Montante máximo para garantia pública ainda não é conhecido

Também tem pairado uma outra dúvida sobre os banqueiros do país: qual é montante concreto que poderá ser utilizado pelo setor para dar a garantia pública e como será distribuído pelos bancos?  

Tal como indica a portaria, “o montante máximo da garantia a conceder pelo Estado às operações de crédito (…) é autorizado por despacho do membro do Governo responsável pela área das finanças”. Este despacho não foi divulgado à data de publicação desta notícia.

E mais informa que “a repartição pelas instituições aderentes ao protocolo do montante máximo da garantia a conceder pelo Estado é determinada [também] por despacho do membro do Governo responsável pela área das finanças”, Joaquim Miranda Sarmento.

Os bancos ficam a saber, desde já, que podem pedir mais dinheiro para atribuir em garantia públicas.  “As instituições aderentes ao Protocolo podem solicitar à DGTF um reforço do montante da garantia de carteira que lhes foi concedido, se justificadamente previrem a possibilidade do esgotamento do montante inicialmente concedido, o qual se encontra dependente de autorização através de despacho do membro do Governo responsável pela área das finanças”, refere ainda o diploma.

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Em 17.09.2014 NBNews

Juros (a descer) voltam a pesar 60% nas prestações da casa: porquê?

Créditos habitação existentes sentem menor redução dos juros do que empréstimos mais recentes. E prestações baixam menos.

 Fonte: Redação Idealista | 23.09.2024 | Foto de Acan Tami no Pexels

As taxas de juro nos créditos habitação existentes em Portugal continuam a descer mês após mês, fixando-se em 4,417% em agosto, segundo revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) na semana passada. Mas estes recuos dos juros não se têm refletido muito nas prestações da casa. Aliás, os juros continuam a pesar 60% das prestações. Explicamos porquê neste artigo.

No conjunto dos contratos de crédito habitação existentes em Portugal, os juros implícitos desceram para 4,417% em agosto, menos 7,0 pontos base (p.b.) face a julho (4,487%), revelou o INE na nota estatística publicada na quinta-feira (19 de setembro).

Mas esta nova descida dos juros pouco se refletiu nas prestações da casa, que se fixou em média em 404 euros em agosto, apenas menos um euro face a julho. E a parcela de juros continua a ser a que tem maior peso (60% do total), correspondendo a 242 euros do total.

Mas porque é que isto acontece? Desde logo, importa recordar que a amostra do INE tem em conta todos os créditos habitação existentes no país até agosto (os mais recentes e os mais antigos), que estão em fases diferentes de maturação das dívidas ao banco. E, assim, estão incluídos créditos a taxa variável indexados à Euribor (que representam a maioria), créditos a taxa mista (que ganham terreno) e ainda empréstimos a taxa fixa (a minoria).

Depois, “o sistema de amortização dos créditos habitação em Portugal seguem o sistema francês”, pelo que “nos primeiros anos do empréstimo o peso dos juros é maior, o que se vai invertendo ao longo da vida do crédito, sendo que no final a amortização de capital tem mais relevância”, explica Miguel Cabrita, responsável pelo idealista/créditohabitação em Portugal.

Portanto, “enquanto os créditos habitação a taxa variável mais recentes sentem mais as alterações na taxa de juro, os empréstimos mais antigos sentem menos os efeitos de subida ou descida da taxa de juro”, conclui Miguel Cabrita. Quer isto dizer que as famílias que estão a pagar o crédito da casa há vários anos vão sentir menos a descida dos juros quando as suas prestações da casa forem revistas, trimestral, semestral ou anualmente.

A par de tudo isto, as taxas Euribor também estão a descer a um ritmo mais lento do que subiram durante o ano passado, refletindo-se em menores ajustes em baixa nas prestações da casa após as respetivas revisões.

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Em 17.09.2014 NBNews

Garantia pública: bancos vão ter limite de montante a emprestar

Garantia pública para crédito habitação jovem ainda aguarda regulamentação. Entrada em vigor poderá derrapar para final de 2024.

Fonte: Redação Idealista | 16 Setembro 2024 | Foto: Freepik

Há novidades sobre a garantia pública para jovens.

Uma delas é que os bancos que aderirem à garantia pública no crédito habitação terão um limite ao montante garantido que poderão emprestar, podendo posteriormente pedir um reforço. E outra é que após a regulamentação da medida, ainda por concluir, os bancos deverão precisar de mais 60 dias para implementá-la. Assim, a garantia pública só deverá estar em vigor no final do ano ou até mesmo em 2025.

De acordo com a última versão da portaria a que a Lusa teve acesso, caberá ao Ministro das Finanças definir o montante máximo da garantia pública ao crédito à habitação que será repartido entre os bancos que assinarem o protocolo com o Estado (só os bancos aderentes poderão conceder empréstimos com garantia pública).

Contudo, caso os bancos prevejam "a possibilidade do esgotamento do montante inicialmente concedido" poderão pedir ao Estado "um reforço do montante da garantia de carteira que lhes foi concedido", desde que seja devidamente justificado.

Agora resta saber quando é que a garantia pública vai estar acessível aos jovens, medida que já tem decreto-lei publicado desde julho. A ideia inicial era ter a regulamentação pronta até inícios de setembro. Mas os prazos estão a derrapar, estando agora o Ministério das Finanças na fase de adaptar a legislação ao parecer que lhe foi enviado pelo Banco de Portugal com vários alertas.

É esperado que a regulamentação da garantia pública seja conhecida dentro de algumas semanas. Mas depois da publicação do documento, os bancos admitem precisar de "aproximadamente 60 dias" para a sua implementação, disse a Associação Portuguesa de Bancos ao Público. Assim, a garantia pública só deverá estar disponível no final do ano ou até mesmo no início de 2025.

São cada vez mais os clientes que ao balcão dos bancos perguntam pela garantia pública e como podem beneficiar da mesma quando fazem simulações para crédito habitação. E há mesmo casos que incluem visitas aos imóveis. Com o atraso da implementação da garantia pública, há o risco de vários negócios não se concretizarem no curto prazo, refere o mesmo jornal.

Quando apresentou a medida da garantia pública, o Governo (PSD/CDS-PP) disse que a intenção é o Estado garantir até 15% do valor de aquisição do imóvel (funcionando nesta proporção como fiador) criando condições para que os jovens consigam aceder a um empréstimo até 100% do valor da casa.

Segundo o decreto-lei, a garantia destina-se a pessoas entre 18 e 35 anos de idade (inclusive), residentes em Portugal, com situação regularizada nas Finanças e Segurança Social, com rendimentos até ao 8.º escalão (81.199 euros de rendimento coletável anual), e que estejam a comprar a primeira de habitação própria permanente cujo valor não exceda 450 mil euros.

Foto: Freepik

Regras de concessão de crédito da casa são para manter

Desde que esta medida foi apresentada pelo Governo, o Banco de Portugal alertou publicamente, várias vezes, que os bancos não podem aliviar o cumprimento das regras de concessão deste crédito mesmo com a garantia pública.

O governador, Mário Centeno (ex-ministro das Finanças do PS), explicou que o Banco de Portugal é sempre favorável a medidas que ajudem a população mais jovem a aceder a habitação, mas é preciso “cautela”.

Por um lado, disse, é preciso garantir a estabilidade do setor financeiro. Por outro lado, afirmou, também há que garantir que os clientes têm capacidade de pagar a dívida pois a garantia não diminui o esforço mensal e há ainda o risco de o montante do empréstimo aumentar devido à garantia pública, agravando o esforço do cliente.

Em julho, o ministro das Finanças, Miranda Sarmento, afirmou no parlamento que não existem diferendos com o Banco de Portugal sobre a garantia pública e que o processo de regulamentação decorre "sempre em auscultação com o regulador".

As regras macroprudenciais atualmente em vigor determinam que o crédito não pode ir além de 90% do valor da casa (sendo, para este efeito, considerado o valor mais baixo entre o valor de aquisição e o valor da avaliação) de habitação própria e permanente.

Indicam ainda que, em regra, um cliente não deve despender mais de 50% do seu rendimento na prestação da casa ao banco (a chamada taxa de esforço).

De acordo com o projeto de portaria, a que a Lusa teve acesso, a garantia é válida para contratos assinados até 31 de dezembro de 2026 e terá o prazo de 10 anos.

Os projetos de regulamentação a que a Lusa teve acesso indicam ainda que garantia concedida pelo Estado está isenta de comissão de garantia e de imposto de selo.

*Com Lusa

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Em 10.09.2014 NBNews

“Portugal continua a ser cobiçado pelos investidores norte-americanos”

Fonte: idealista/news | autor: Paloma Martínez-Almeida |10 Setembro 2024.

Kevin Sears é o novo presidente da Associação Nacional de Corretores de Imóveis dos EUA (NAR). Licenciado em História e com uma longa carreira como agente imobiliáro em Massachusetts, o responsável destaca nesta entrevista ao idealista/news o aumento do interesse dos investidores norte-americanos no mercado residencial português e espanhol, graças ao clima, estilo de vida e benefícios fiscais. 

Além disso, salienta que os EUA também sofrem de um sério problema de falta de oferta de habitação para arrendamento e venda, já que desde a crise financeira de 2008 não foram construídas novas casas para atender à procura existente. 

Como está o mercado residencial dos EUA atualmente? E qual é a situação atual do mercado hipotecário?

O mercado imobiliário residencial dos EUA continua lento. O volume de vendas de casas caiu, enquanto os preços das casas subiram. As taxas de hipoteca, mais altas do que nos últimos anos, criaram um efeito de bloqueio, fazendo com que atuais proprietários de imóveis que têm hipotecas a juros baixos não queiram ou não possam mudar de casa. E potenciais compradores de primeira viagem tenham dificuldade em entrar no mercado.

Como é que o corte das taxas de juro afetará o mercado hipotecário e residencial dos EUA?

É possível que, à medida que as taxas de juro caiam no final de 2024, os compradores de casas que estavam fora do mercado por causa do preço voltem e possam comprar uma habitação. Também é possível que os vendedores em potencial estejam dispostos mudar-se, o que libertaria o stock de oferta.

Foto: freepik

A oferta e a procura por habitação são as mesmas nos EUA?

Embora ainda seja um mercado de vendedores de casas nos EUA, em alguns mercados as casas permanecem no mercado por mais tempo, o que criou uma maior igualdade de condições entre compradores e vendedores. No entanto, na maioria das áreas do país, ainda é um mercado de vendedores devido à escassez de oferta. A falta de stock de habitação por mais de uma década criou uma crise de acessibilidade habitacional.

A falta de stock de habitação por mais de uma década criou uma crise de acessibilidade 

Quais são as principais diferenças entre um agente imobiliário hoje e um de há 20 anos?

A tecnologia tornou-se uma ferramenta que os agentes imobiliários utilizam na sua prática diária. Com o uso da tecnologia, o processo de compra e venda de casas tornou-se ainda mais dinâmico.

A compra de casas por estrangeiros nos EUA caiu para mínimos históricos. Porquê?

A força do dólar americano, o baixo stock de casas e os altos preços contribuíram para uma redução nas transações internacionais de compra e venda de casas.

Os EUA também têm um problema de falta de oferta, tanto para venda quanto para arrendamento. O que pensa disso?

Desde a crise financeira global, os EUA não construíram casas suficientes, seja para venda ou arrendamento. Embora a construção de habitação multifamiliar tenha aumentado nos últimos anos, ainda há um longo caminho a percorrer para recuperar o terreno perdido no caso de compra de casas.

O que acha do governo Biden propor controlo sobre rendas para grandes proprietários?

O NAR não comenta política presidencial.

Quais são os principais problemas e desafios enfrentados pelo mercado imobiliário nos EUA?

A falta de stock de habitação por mais de uma década criou uma crise de acesso à habitação. As taxas de juro fazem mais baixas fazem parte da equação para os compradores de casas, o que deve ajudar nos próximos meses.

Foto: Freepik

Portugal ainda está no radar dos americanos? É um dos investidores mais importantes do mercado residencial...

Sem dúvida. A combinação de estabilidade económica, incentivos favoráveis ao investimento, alta qualidade de vida e oportunidades imobiliárias atraentes continuam a tornar este país um destino cobiçado pelos investidores americanos. À medida que o trabalho remoto se torna mais difundido e as pessoas procuram um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, é provável que Portugal continue a crescer enquanto destino atrativo.

À medida que o trabalho remoto se torna mais difundido e as pessoas procuram um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, é provável que Portugal continue a crescer enquanto destino atrativo.

E Espanha, é um mercado interessante para os americanos? Existe um apetite crescente dos investidores por parte dos americanos...

Sim, o mercado imobiliário residencial em Espanha tornou-se cada vez mais atraente para os investidores americanos nos últimos anos. No geral, a combinação do estilo de vida espanhol, condições económicas favoráveis e incentivos ao investimento tornam o mercado imobiliário residencial cada vez mais interessante para os investidores dos EUA.

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Em 03.09.2014 NBNews

A NewBroker realizou a 2º edição do Café & Negócios. O bate-papo que teve o tema central “A importância da fotografia no imobiliário.”

O evento é um encontro de Brokers e consultores, que tem como objetivo promover debates sobre temas ligados à gestão e fortalecer o networking dos profissionais convidados.

Nesta edição assistimos a uma mini palestra do fotografo Felipe sobre o tema para potencializar negócios imobiliários ou desenvolvimento pessoal, e iniciamos com um debate inter-equipas, esse momento de troca, experiência e networking, gestores, Brokers e profissionais puderam aprofundar seus conhecimentos e impulsionar suas atividades.

Contamos ainda com a presença da investidora Silvana (BR), que abrilhantou nosso café, que ficou mais interessante ainda, rompendo fronteiras e valorizando as experiências.

Café com conhecimento e relacionamento, assim a NewBroker pretende construir, uma rede forte, com sólido conhecimento do mercado e com excelência no relacionamento, seja com os clientes, parceiros ou entre nós.

Café&Negócios, café com conhecimento, relacionamento e claro, só mais um dos motivos para fazer parte da NewBroker Imobiliária.

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Em 27.08.2014 NBNews

Crédito da casa: avaliação bancária sobe para 1.638 euros

Tendência de crescimento continua, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Idealista Redação | 16.08.2024 | Fonte: INECriado com Datawrapper | Foto: Freepik

O metro quadrado (m2) das casas continua a valer cada vez mais para a banca. Em julho, o valor mediano de avaliação bancária em Portugal, um dos passos a ter em conta aquando da contratação de um crédito habitação, fixou-se em 1.638 euros por m2, uma subida de 7,4% em termos homólogos e de 20 euros (1,2%) face a junho. Trata-se da oitava subida consecutiva nos últimos meses, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

"A Região Autónoma da Madeira apresentou o aumento mais expressivo face ao mês anterior (2,2%), tendo-se verificado uma única descida no Alentejo (-1,1%)", lê-se na nota informativa. 

De acordo com o INE, em julho, foram realizadas 32.600 avaliações bancárias, o que representa uma subida de 2,8% face ao mês anterior e um aumento de 31,1% em termos homólogos.

Os valores mais elevados foram observados na Grande Lisboa (2.410 euros/m2) e no Algarve (2.184 euros/m2), tendo o Centro registado o valor mais baixo (1.216 euros/m2).

Avaliação bancária da habitação: como evolui em Portugal? 

Apartamentos: valor do m2 aumentou 7,1%

No mês em análise, segundo o INE, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi de 1.818 euros por m2, tendo aumentado 7,1% relativamente a julho do ano passado.

Os valores mais elevados foram observados na Grande Lisboa (2.410 euros/m2) e no Algarve (2.184 euros/m2), tendo o Centro registado o valor mais baixo (1.216 euros/m2). A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (13,5%) e o Algarve a única descida (-0,1%) face ao mesmo período de 2023.

Face ao mês anterior, o valor de avaliação nos apartamentos subiu 1,2%, registando o Norte a maior subida (2,1%) e a Região Autónoma dos Açores a descida mais acentuada (-1,0%).

Por tipologias, os apartamentos T1 e T2 representaram 92,8% das avaliações realizadas no período em análise:

  • O valor mediano da avaliação para apartamentos T1 aumentou 32 euros, para 2.353 euros/m2; 
  • O valor mediano dos T2 subiu 20 euros, para 1.853 euros/m2;
  • O valor dos apartamentos T3 aumentou 17 euros, para 1.619 euros/m2.

Avaliação bancária das moradias sobe para 1.281 euros

Já no caso das moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1.281 euros/m2, o que representa uma subida de 8,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Os valores mais elevados observaram-se na Grande Lisboa (2.419 euros/m2) e no Algarve (2.343 euros/m2), com o Centro e o Alentejo a registarem os valores mais baixos (1.000 euros/m2 e 1.023 euros/m2, respetivamente).

Por tipologias, as moradias T2, T3 e T4 representaram 89% das avaliações realizadas no período em análise:

  • valor mediano das moradias T2 subiu 23 euros para 1.275 euros/m2;
  • avaliação das moradias T3 subiu oito euros para 1.250 euros/m2;
  • Valor mediano das moradias T4 subiu 17 euros, para 1.353 euros/m2.

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Em 13.08.2014 NBNews

Economistas prevêem até seis cortes nas taxas do BCE antes de 2026

Os cortes planeados serão de 25 pontos base cada, segundo o último inquérito publicado pela Bloomberg.

Fonte: Idealista Redação | 19 agosto 2024 | Foto:  Christine Lagarde, presidente do BCE.Getty images

As previsões de cortes nas taxas de juro na zona euro aceleraram nas últimas semanas. De acordo com o último inquérito a economistas internacionais publicado pela Bloomberg, o Banco Central Europeu (BCE) poderá anunciar até seis novos cortes nas taxas de juro até ao final de 2025. A previsão é que o guardião da moeda única reduza o preço do dinheiro em 25 pontos base uma vez um quarto.

A mais alta autoridade monetária e financeira da zona euro baixou as taxas de juro na sua reunião do início de junho em um quarto de ponto, até colocar a taxa aplicável em 4,25%, marcando a primeira redução em oito anos. Na reunião de julho, porém, manteve a sua política inalterada e adiou a possibilidade de uma nova descida para a reunião de setembro.

Durante semanas, o mercado acreditou que poderiam ocorrer cortes nas taxas de juro nas reuniões de setembro e dezembro, coincidindo com a revisão das previsões económicas e de inflação pelo BCE. E é isso que também estimam os economistas consultados pela Bloomberg. 

Tais movimentos coincidiriam com a tendência de uma queda por trimestre. De acordo com o inquérito, cada movimento descendente seria de 25 pontos base e, caso as seis reduções estimadas ocorressem, as taxas de juro na zona euro situar-se-iam em 2,75% no final de 2025 (face aos atuais 4,25%), enquanto nos depósitos a taxa cairá para 2,25% (dos atuais 3,75%). Até agora, a teoria era que o preço do dinheiro atingiria este nível em meados de 2026.

O que explica esta trajetória nas taxas de juros?

Por trás destas previsões está o agravamento das previsões económicas nos próximos meses, embora neste momento o cenário central não aponte para uma recessão dentro de um ano (tal probabilidade é de 35%, segundo o inquérito da Bloomberg). E a isto acrescenta-se a trajetória descendente progressiva da inflação, até estar em linha com o nível objectivo pretendido pelo BCE: que os preços cresçam a uma taxa próxima dos 2%. 

A nova folha de cálculos com que o mercado está a trabalhar está a refletir-se na Euribor a 12 meses. O indicador de referência para a generalidade das hipotecas em Espanha registou uma média provisória de 3,2% em agosto, face aos 3,53% do final de julho , depois de ter assinado a quarta descida mensal consecutiva. Se a tendência atual continuar, este mês poderá fechar com a maior queda em mais de uma década e traria uma redução significativa nas parcelas das hipotecas variáveis ​​que estão em fase de revisão. 

A instituição liderada por Christine Lagarde reúne-se de 6 em 6 semanas para definir os juros na zona euro. Este é o calendário de 2024 e as previsões das taxas. Fica a conhecer as datas das próximas reuniões do BCE que vão marcar o rumo das taxas de juro na zona euro - com efeitos, nomeadamente, no crédito habitação.

Artigo visto em (Bloomberg)

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Em 13.08.2014 NBNews

Seguro de falta de pagamento da renda: 6 dicas para escolher o melhor

Na hora de escolher o melhor seguro de não pagamento da renda da casa, é importante ter em conta estes aspetos chave.

Fonte: Idealista | Eduardo G. Martínez | 13 Agosto 2024                                                           Foto: Freepik

A melhor forma de os proprietários de casas arrendadas protegerem o seu rendimento extra é contratando um bom seguro de incumprimento da renda. Mas, antes de o fazer, importa saber que aspetos essenciais deve ter o seguro da casa para ser eficaz. Explicamos neste artigo como os senhorios podem escolher um bom seguro de falta de pagamento da renda, que vai ajudar a evitar riscos no arrendamento da casa, por parte dos inquilinos.

6 pontos chave a considerar antes de escolher o seguro de incumprimento da renda

Em Portugal, existem diferentes entidades que oferecem seguros de incumprimento da renda com coberturas variadas. Regra geral, quanto maior for a proteção, melhor será o seguro da casa. Estes são os principais aspetos a ter em conta antes de contratar um seguro por falta de pagamento da renda:

Coberturas que o seguro da casa deve ter

seguro de incumprimento da renda não só oferece proteção contra inquilinos que não pagam a renda da casa, mas também outras coberturas adicionais extremamente úteis para os proprietários.  Entre essas coberturas costuma estar a defesa jurídica, essencial caso haja necessidade de avançar com uma ação judicial contra um inquilino que entre em incumprimento.

Duração da proteção contra o incumprimento 

Na hora de contratar um seguro de incumprimento da renda, é possível escolher a duração da proteção. Normalmente, as seguradoras oferecem cobertura por seis, nove ou 12 meses, embora existam algumas empresas que podem cobrir vários anos. Desta forma, caso o inquilino deixe de pagar as rendas, o proprietário continuará a receber a renda durante o tempo contratado no seguro.

Por exemplo, quem optar por um seguro com proteção de 12 meses, a seguradora ficará a cargo da renda não paga pelo inquilino nesse período. Mas se a situação se prolongar além desses 12 meses, o proprietário já não receberá rendas.

Por isso, o ideal é optar por um seguro de não pagamento da renda com prazo que cubra toda a duração do contrato de arrendamento habitacional.

Análise da solvência do inquilino é importante

O melhor seguro de não pagamento das rendas é aquele que utiliza todas as ferramentas para que o proprietário da casa arrendada não precise de se preocupar com nada. Por isso, muitas seguradoras realizam um estudo de solvência dos candidatos a inquilinos, para escolher aquele que oferece maiores garantias. Ou seja, procuram o inquilino ideal que consiga pagar a renda da casa sem esforço e que tem menor risco de entrar em incumprimento.

                                                                                                                                              Pexels

Cobertura de estragos na casa

Há seguros de não pagamento de rendas que também oferecem cobertura contra danos na habitação. Por exemplo, há apólices que cobrem até 3.000 euros por danos causados ao interior do imóvel por um ex-inquilino.

Confiar apenas nas ofertas das seguradoras

Existem empresas que apresentam soluções semelhantes aos seguros contra o não pagamento de rendas. A verdade é que não contam com o apoio de uma entidade seguradora, mas sim de fundos privados. Embora à primeira vista possam parecer semelhantes, estes produtos não são seguros tradicionais, não sendo regidos por regulamentos de seguros. É por isso é que há menor confiança de que um proprietário irá receber a rendas em caso de incumprimento por parte do inquilino. Neste contexto, é muito importante ver bem as diferenças entre as ofertas de seguros para a casa e analisar as particularidades de cada opção para tomar decisões informadas.

Escolher corretamente quem é o assegurado

Como não existe uma regulamentação específica que regule estes seguros, tanto o proprietário como o inquilino são livres de assumir a titularidade. Mas é aconselhável que o pagamento seja de responsabilidade do proprietário, pois é quem irá usufruir de mais benefícios. Além disso, se o inquilino não efetuar o pagamento da renda da casa, provavelmente também deixará de cobrir o custo do seguro, resultando na perda da proteção.

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Em 06.08.2014 NBNews

Obras em casa? Oito em cada dez pessoas recorrem a poupanças

Crise e menos poder de compra? 83,7% das pessoas recorrem a poupanças quando decidem fazer obras em casa, conclui estudo da UCI.

   Fonte: Redação Idealista | 6 agosto 2024, 9:09 | foto: Freepik

Fazer obras em casa pode ser fardo difícil de suportar no orçamento familiar, sobretudo tendo em conta que os custos de construção (materiais e mão de obra) subiram muito nos últimos tempos e que a taxa de inflação se mantém em níveis elevados, o que impacta diretamente o poder de compra dos portugueses. Fatores que podem ajudar a explicar o facto de 83,7% das pessoas – oito em cada dez –recorrerem a poupanças quando decidem fazer obras em casa.   

Esta é uma das conclusões a retirar do estudo “Obras em Casa”, realizado pela UCI com a SPIRITUC e que contou com a participação de 608 inquiridos de todas as regiões do país.

Destaque ainda para o facto de, em média, as obras realizadas nos últimos 18 meses terem custado 12.000 euros, sendo que na maior parte dos casos as intervenções estão relacionadas com a pintura do imóvel. 

Foto: Freepik

Algumas conclusões a retirar do estudo “Obras em Casa”:

  • A maioria das obras (51,2%) foram efetuadas em moradias, sendo que 82,6% dos inquiridos são proprietários dos imóveis intervencionados;
  • O quarto, a sala e a cozinha são as três divisões onde se realizam mais obras (65,1%, 62% e 54,6%, respetivamente);
  • As obras mais frequentemente realizadas nos últimos 18 meses dizem respeito à pintura dos imóveis (67,9%), mas também se destacam o isolamento de paredes (37,3%), a reparação de infiltrações (36,8%), a substituição do pavimento (33,3%) e a mudança de canalização (33,3%);
  • O conforto é o principal motivo que justifica a realização de obras (72,9%). Seguem-se a melhoria das condições e renovação do espaço (65,6%) e a segurança e manutenção das habitações (33,6%);
  • Na maioria dos casos, as obras foram executadas por empresas de construção (49%) ou pelos próprios inquiridos (33,4%);
  • 81,1% solicitaram orçamento antes da realização das obras, tendo obtido o valor médio previsto de 11.000 euros. Contudo, o valor final das obras nesses casos foi em média de 13.000 euros;
  • Quanto aos timings de execução das obras, houve, em média, entre o previsto e o real, um desvio de sete dias face ao inicialmente previsto;
  • Relativamente aos impactos das intervenções realizadas, foram sobretudo sentidas em termos de satisfação com a casa (8,61/10) e de conforto (8,38/10). Antes das obras, os inquiridos classificam, em média, o estado do imóvel com um 5,74/10, valor que subiu para os 8,44/10 depois das obras;
  • Apenas 6,7% dos inquiridos recorreram exclusivamente a financiamento bancário para pagar as obras;
  • Os três principais motivos para avançar com o crédito para obras são: o facto de já ser cliente da instituição bancária (61,4%), ser a melhor proposta em termos de valor da prestação mensal (38,6%) e ter melhores condições (spread, juros, etc.) (37,1%);
  • 71,2% dos inquiridos admitem ter conhecimento da existência de programas de apoio do Estado e de outras entidades para o financiamento de obras para melhoria da eficiência energética. No entanto, apenas 18,6% recorreram a esses apoios, sendo que desses 73,5% concorreram ao Fundo Ambiental;
  • 66,5% dos inquiridos demonstram preocupação e interesse nas questões relacionadas com a sustentabilidade ambiental, não obstante apenas 29,9% dos inquiridos referiu a melhoria da classe energética da casa como uma motivação para as obras, valor que desce os 7,6% quando falamos de preocupações ambientais.

Clica neste link para consultares o estudo. 

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Em 31.07.2014 NBNews

Porta 65 vai chegar a mais jovens: tudo o que muda no apoio à renda

Descobre todas as alterações ao apoio ao arrendamento jovem neste artigo preparado pelo idealista/news, com fundamento legal.

  Fonte: Idealista Redação | 31 Julho 2024, 8:56      Foto:  Freepik

As rendas das casas continuam a aumentar em Portugal, pesando cada vez nos orçamentos das famílias. E, neste cenário, há cada vez mais jovens a procurar apoios à renda, sobretudo os que possuem baixos salários. Para ajudar os mais jovens a pagar as rendas das casas, o Governo de Montenegro avançou com várias mudanças ao programa Porta 65, alargando o acesso ao apoio ao arrendamento e deixando de considerar o valor da renda como critério de exclusão. Fica a conhecer quais são as principais alterações a este apoio aos jovens que arrendam casa neste artigo preparado pelo idealista/news, com fundamento jurídico.

Foi no passado dia 2 de julho que foi publicado em Diário da República o Decreto-Lei n.º 43/2024, diploma que veio alargar o acesso ao apoio aos jovens arrendatários. A estimativa do Governo é que, com esta alteração, o apoio Porta 65 Jovem possa chegar aos 40 mil jovens este ano, depois de no ano passado terem sido apoiadas 28 mil pessoas. Esta alteração vai entrar em vigor no dia 1 de setembro deste ano, estando disponível já no próximo período de candidaturas ao programa.

Mas não ficamos por aqui. “A par destas alterações, importa também realçar que também o apoio aos jovens arrendatários foi objeto de alteração, abarcando um leque maior de jovens, permitindo-se a candidatura de jovens com idade igual ou inferior a 35 anos e eliminando-se a previsão de fatores de exclusão e de ponderação, como, por exemplo, a imposição de renda máxima como um dos requisitos da candidatura”, descreve ao idealista/news Márcia Passos, advogada e sócia contratada na PRA - Raposo, Sá Miranda & Associados e responsável local pelo departamento de imobiliário do escritório do Porto.

    Foto de RDNE Stock project no Pexels

Porta 65 Jovem: as principais mudanças ponto por ponto

Estas são as principais novidades do apoio aos jovens, consubstanciadas em alterações ao programa Porta 65 – Arrendamento para Jovens, elencadas por Márcia Passos, da PRA:

  • o apoio passa a ser concedido em momento prévio à celebração do contrato de arrendamento e sem que obrigue a um limite máximo de renda;
  • passa a existir um sistema de candidatura de ciclo mensal, com seriação de candidatos, com base no rendimento e na composição do seu agregado familiar;
  • os jovens com 35 anos passam a estar abrangidos (e não apenas os jovens com idade igual ou superior a 18 anos e idade inferior a 35 anos);
  • passam a estar abrangidos os casais de jovens não separados judicialmente de pessoas e bens ou em união de facto, com residência no locado, com idade igual ou superior a 18 anos ou inferior a 35 anos, podendo um dos elementos do casal ter idade até 37 anos (até agora a abrangência era até 30 anos podendo um dos elementos do casal ter idade até 32 anos);
  • são abrangidos os jovens em coabitação, com idade igual ou superior a 18 anos e idade igual ou inferior a 35 anos (antes o limite era de idade inferior a 30 anos);
  • caso o jovem complete 36 anos durante o prazo em que beneficia do apoio à renda, pode ainda candidatar-se até ao limite de uma candidatura subsequente, desde que seja consecutiva;
  • rendimento mensal do jovem ou do agregado familiar não pode ser superior a quatro vezes o valor da renda máxima de referência, mas deixa de ser considerado qualquer limite mínimo para tal rendimento.

Estas alterações ao Porta 65 – Arrendamento para Jovens já entraram em vigor no dia 3 de julho deste ano, após a publicação do diploma.

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Em 25.07.2014 NBNews

Café&Negócios

Fonte: NewBroker Imobiliária

Café&Negócios é um evento mensal, que reúne Brokers e consultores, para debater temas relacionados à gestão e fortalecer o networking dos profissionais da rede NewBroker.

Em cada edição, teremos uma breve palestra sobre tópicos que impulsionam negócios imobiliários e desenvolvimento pessoal. Além disso, promoveremos debates, proporcionando um momento ‘único’, para troca de experiências, entre as Start-ups e Agências.

Teremos Café&Negócios, abordando diferentes aspetos da gestão, carreira e mercado imobiliário. O nosso café, combina o prazer de degustar cafés especiais (mesmo que virtualmente), com insights valiosos sobre o novo mindset de gestão e liderança e mercado, tudo elaborado para transformar as Start-Ups em realidade, com lucratividade e sucesso." 

Café&Negócios, café com conhecimento e relacionamento e claro, é só mais um dos motivos para fazer parte da NewBroker Imobiliária.

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